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quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Ciclos Solares e o Clima

A partir dessa publicação eu pretendo inserir aqui alguns estudos sobre mudanças climáticas. Afinal de contas, estamos caminhando para um aquecimento ou resfriamento global ?
Lembrando que “nosso” planeta já passou por vários ciclos de aquecimento e resfriamento nesses últimos bilhões de anos…OK
Um longo período de clima frio com a sua fase mais fria em torno de 2030 é de se esperar…Sei lá…!?!?
As previsões de fenômenos naturais são um dos objetivos mais importantes das ciências naturais. Como há fortes indícios de uma conexão confiável entre valores mínimos e máximos no ciclo de Gleissberg, e períodos frios e quentes no clima, temos que considerar essa possibilidade.

O que é o ciclo de Gleissberg ?
O ciclo Gleissberg é um período de 72 a 83 anos, que aparentemente causou a pequena idade do gelo [Ver aqui]. A variação da intensidade destes ciclos é mais ou menos da mesma ordem com a diferença de que ocorrem em um longo período de tempo, suficiente para causar algumas alterações climatéricas consideráveis.
Na verdade, é bastante natural se perguntar se o sol pode desempenhar um papel fundamental nas mudanças climáticas – o clima na Terra deve sua existência ao sol…!
Os debates sobre o aquecimento global produzido pelo homem continua e atingiu uma fase crucial. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), estabelecido pelas Nações Unidas e pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), já não publica dados bem definido e “projeções” de elevação da temperatura global para o ano de 2100 provocado pelo aumento no acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera.

Publicações recentes apontam para variação da atividade solar como um forte fator na mudança climática. Os investigadores estão a contragosto tomando sol como um sério fator na mudança climática. Eles incluíram variabilidade solar em suas simulações de aquecimento no século passado. E o sol parece ter desempenhado um papel fundamental no desencadeamento de secas e resfriamentos.
Aqueles que defendiam um aquecimento global baseados simplesmente em fatores antropogênicos (fatores antropogênicos são aqueles causados pela ação do homem), estão começando a reconhecer o papel fundamental do sol nas mudanças climáticas.

O ciclo de 11 anos não é o único ciclo de atividade solar. Existe um ciclo de manchas solares de 80 a 90 anos que modula a intensidade do ciclo de 11 anos, os ciclos válidos foram derivados a partir de oscilações irregulares do Sol sobre o centro de massa do sistema solar. Tem sido demonstrado que esses ciclos solares de movimento (SMC) estão tão estreitamente ligados com fenômenos climáticos que as previsões confiáveis de secas, inundações e fortes anomalias negativas e positivas na temperatura global, e mesmo o El Niño e La Niña pode basear-se nesta relação.
Em um análise mais detalhada mostra que quase todos os mínimos Gleissberg, desde 300 dC, e em torno de 1670 (mínimo de Maunder), 1810 (mínimo de Dalton), e 1895, coincidiu com clima frio no Hemisfério Norte.


Com é possível provar estas afirmações ?
A variabilidade solar é gravada em núcleos perfurados a partir do gelo (figura ao lado). O fluxo de raios cósmicos é modulado pelo vento solar, intensidade da qual está ligada a erupções solares. Durante os períodos de atividade solar elevada, o fluxo de raios cósmicos para a atmosfera é reduzida de modo a que a taxa de produção de radionuclídeos tais como C14 e C12 é diminuída, e vice-versa. A maioria dos radionuclídeos são removidos da atmosfera por precipitação úmida e quase permanentemente armazenada em lençóis de gelo, principalmente nas regiões polares. Análise dos núcleos de gelo (figura acima) revela longos períodos de alta ou baixa atividade solar, que coincidem com as fases de rápidas mudanças climáticas.

Nota: A atividade radioativa natural do carbono 14 (C14) é de 13.5 desintegrações por minuto por grama de carbono. Após 57.300 anos é de 10 meias vidas. A produção de radiocarbono por raios cósmicos tem permanecido essencialmente a mesma para estabelecer um equilíbrio de C14 e C 12C na atmosfera, e é rápida a mistura do C14 nos sistema aquático e terrestre, ou seja, a produção de carbono 14 (radiocarbono 14 C) também está relacionado com a atividade solar. O carbono é produzido na atmosfera superior, quando o bombardeio de raios cósmicos no nitrogênio atmosférico (14 N) induz o nitrogênio a se submeter a uma decadência, transformando assim em um isótopo raro de carbono com um peso atômico de 14 em vez dos 12, o mais comuns.

Quando os raios cósmicos são parcialmente excluídos do Sistema Solar pela varredura de campos magnéticos no vento solar. O aumento da atividade solar origina uma redução de raios cósmicos que atingem a atmosfera da Terra e, portanto, reduz a produção de C 14. Assim, a intensidade dos raios cósmicos no carbono-14 variam inversamente com o nível geral de atividade solar.

terça-feira, 28 de agosto de 2018

O Clima

Clima é a condição característica da atmosfera perto da superfície da Terra em um determinado lugar do planeta. É o tempo de longa duração daquela área (pelo menos 30 anos). Isto inclui o padrão geral da região de condições climáticas, estações e os extremos climáticos, como furacões, secas, ou períodos chuvosos. Dois dos mais importantes fatores determinantes do clima de uma área são a temperatura do ar e precipitação.
Biomas mundiais são controladas pelo clima. O clima de uma região vai determinar se as plantas vão crescer lá, e que tipo de animais vão habitá-lo. Todos os três componentes, clima, plantas e animais se entrelaçam para criar o tecido de um bioma.


Por que uma área do mundo é um deserto, um outro gramado, e outro uma floresta tropical...? Por que existem diferentes florestas e desertos, e por que existem diferentes tipos de vida em cada área? As características climáticas entre outras são as responsáveis.

Sistema de Classificação Climática de Köppen
O Sistema de Classificação Climática de Köppen é o mais amplamente utilizado para classificar os climas do planeta. A maioria dos sistemas de classificação utilizados hoje são baseados na classificação do russo-alemã climatologista Wladimir Köppen que introduziu em 1900 esse sistema. Köppen divide a superfície da Terra em regiões climáticas que geralmente coincide com os padrões mundiais de vegetação e solos.
O sistema de Köppen reconhece cinco tipos climáticos mais importantes com base nas médias mensais e anuais de temperatura e precipitação. Cada tipo é designado por uma letra maiúscula.
A - úmidas Climas Tropicais são conhecidos por sua alta temperatura e por sua grande quantidade de chuva durante todo o ano.
B - climas secos são caracterizados por pouca chuva. Dois subgrupos, s - ou semi-áridas estepes, e W - áridas ou desérticas.
C - locais úmidos. Estes climas tem verões quentes e secos e invernos frescos e úmidos
D - climas Continental podem ser encontradas nas regiões do interior de grandes massas de terra. A precipitação total não é muito elevado e temperaturas sazonais variam amplamente.
E - Climas frios. Estes climas são parte de áreas onde o gelo permanente da tundra estão sempre presentes. Apenas cerca de quatro meses do ano têm acima de temperaturas congelantes.

quarta-feira, 16 de maio de 2018

A Circulação Termohalina

Os ventos conduzem correntes oceânicas nos 100 m acima da superfície do oceano. No entanto, as correntes oceânicas também fluem quilômetros abaixo da superfície do mar. Estas correntes de oceanos profundas são conduzidas por diferenças de densidade da água, que é controlada pela temperatura (termo) e salinidade (halina). Este processo é conhecido como circulação termohalina conhecida também como correia transportadora global.


A correia transportadora global é um sistema em constante movimento de circulação profunda do oceano impulsionada pela temperatura e salinidade, ou seja, é a diferenças na densidade das águas criadas pelas diferenças de temperatura e salinidade e como sabemos a densidade da água do mar depende da sua temperatura e salinidade. Já existe um conjunto de instrumentos entre a Flórida e as ilhas Canárias que vem monitorando continuamente parte da correia transportadora mundial do Atlântico Norte desde 2004 (se eu não me engano os dados são transmitidos quase em tempo real). Agora existe um outro projeto internacional liderado pelos Estados Unidos que vai começar um outro conjunto de medições contínuas utilizando um conjunto de sensores entre África do Sul e Argentina.

Eu penso que muita coisa deve ser esclarecida com essa pesquisa, principalmente os debates sobre aquecimento global ou um possível resfriamento global. Alguns cientistas falam das possíveis consequências de um “colapso” na corrente do golfo devido ao descongelamento das geleiras que como sabemos, o gelo dessas regiões é de água doce, isso significaria mais água doce nos oceanos principalmente no atlântico norte e consequentemente uma mudança da densidade da água o que hipoteticamente causaria um “desligamento” da corrente do golfo e uma grande confusão no clima da Terra. Modelos climático seguem um padrão matemático contínuo, mas será que são confiáveis ?

Existem uma enorme quantidade de fatores que influenciam na formação do clima e são totalmente dinâmicos inclusive o fator antropogênico, o clima espacial (ciclos solares) e até raios cósmicos galácticos. O fato é que tem alguma coisa acontecendo com clima da Terra, talvez até seja natural, como já aconteceu varias vezes na história do planeta, mas não com essa velocidade. Por exemplo, a região do Saara sofreu uma transformação muito rápida. Em um curto período, geologicamente falando, isto é, há 10.000 anos, chuvas de monção varriam o Saara, transformando a região em uma área habitável, mas há 5.000 anos as chuvas recuaram, iniciando a desertificação do Saara e sem a influência humana…

terça-feira, 24 de abril de 2018

El Niño e La Niña

El Niño e La Niña são fases opostas de um ciclo de flutuações de temperatura entre o oceano Pacífico e a atmosfera no centro-leste da região Equatorial.
La Niña é muitas vezes referida como a fase fria e El Niño como a fase quente deste ciclo. Estes desvios de temperaturas de superfície podem ter grandes impactos não só sobre os processos oceânicos, mas também global.
O El Niño e o La Niña são episódios que duram geralmente de 9 a 12 meses, mas alguns eventos  podem durar anos. Eles muitas vezes começam a se formar entre junho e agosto, alcançando a força de pico entre dezembro e abril, e depois decair entre maio e julho do ano seguinte. Embora a sua periodicidade pode ser bastante irregular, El Niño e La Niña ocorrem a cada três a cinco anos. Normalmente, o El Niño ocorre mais frequentemente do que La Niña.

El Niño
El Niño significa o menino, ou Menino Jesus em espanhol. O El Niño foi originalmente reconhecido por pescadores da costa da América do Sul em 1600, com o aparecimento de água muito quente no Oceano Pacífico. O nome foi escolhido com base na época de seu aparecimento (Dezembro), durante o qual estes eventos  de água quentes tendem a ocorrer.
O termo El Niño se refere à interação do clima em grande escala oceano/atmosfera ligada a um aquecimento periódico das temperaturas da superfície do mar em todo o Pacífico central e leste-central Equatorial.

Efeitos do El Niño
Acúmulo de águas mais quentes do que o normal na costa oeste da América do Sul;
Os ventos sopram com menos força na região central do Oceano Pacífico;
Intensificação da seca no nordeste brasileiro;
Diminuição na quantidade de peixes na região central e sul do Oceano Pacífico e na costa oeste dos Canadá e Estados Unidos;
Aumento das tempestades tropicais na região central do Oceano Pacífico;
Aumento do índice de chuvas na costa oeste da América do Sul;
Secas na região da Indonésia, Índia e costa leste da Austrália;
Muitos climatologistas acreditam que o El Niño possa estar relacionado com o inverno mais quente na região central dos Estados Unidos, secas na África e verões mais quentes na Europa. Estes efeitos ainda estão em processo de estudos.

La Niña
La Niña significa a menina em espanhol. O La Niña também é às vezes chamado de El Viejo, anti-El Niño, ou simplesmente "um evento de frio."
O La Niña é caracterizado por temperaturas do oceano excepcionalmente frias no Pacífico Equatorial, em comparação com El Niño , que se caracteriza por temperaturas invulgarmente quentes do oceano no Pacífico Equatorial.

Efeitos do La Niña no clima:
Entre os meses de Dezembro a Fevereiro:
Aumento das chuvas na região nordeste do Brasil;
Temperaturas abaixo do normal para o verão, na região sudeste do Brasil;
Aumento das chuvas na costa leste da Ásia;
Aumento do frio no Japão;
Aumento do frio na costa oeste dos Estados Unidos

Normalmente episódios La Niñas têm frequência de 2 a 7 anos, todavia tem ocorrido em menor quantidade que o El Niño durante as últimas décadas. Os episódios La Niña têm períodos de aproximadamente 9 a 12 meses, e somente alguns episódios persistem por mais que 2 anos. Os valores das anomalias de temperatura da superfície do mar (TSM) em anos de La Niña têm desvios menores que em anos de El Niño, ou seja, enquanto observam-se anomalias de até 4, 5ºC acima da média em alguns anos de El Niño, em anos de La Niña as maiores anomalias observadas não chegam a 4ºC abaixo da média.
Assista ao vídeo do Instituto de Pesquisas  Espaciais (INPE)...Eu recomendo.