sexta-feira, 22 de abril de 2022

Classificação magnética das Manchas Solares

A energia das erupções solares é liberada de campos magnéticos em regiões solares ativas. A previsão de erupção solar, portanto, ainda é baseada na relação  entre a erupção solar e a evolução magnética. Para estabelecer essa relação, os grupos de manchas solares são classificados de acordo com sua morfologia e configuração magnética. Classificação magnética (Alfa, Beta, Beta-Gama, Gama Beta/Delta, Beta-Gama/Delta, Gama/Delta). Grupos de manchas solares com configuração magnética do tipo Delta são muito ativas e podem  provocar grandes erupções solares.

Classificação magnéticas das manchas solares: 

1- Alfa:

Um grupo unipolar de manchas solares.

2- Beta:

Um grupo de manchas solares que possui uma polaridade positiva e uma negativa (ou bipolar) com uma simples divisão entre as polaridades.

3- Gama:

Uma região complexa na qual as polaridades positiva e negativa estão tão irregularmente distribuídas que não podem ser classificadas como um grupo de manchas solares bipolares.

4- Beta-Gama:

Um grupo bipolar de manchas solares, mas complexo o suficiente para que nenhuma linha possa ser traçada entre pontos de polaridade oposta.

5- Delta:

As umbras de polaridade oposta em uma única penumbra.

6- Beta-Delta:

Um grupo de manchas solares com uma configuração magnética beta geral, mas contém uma (ou mais) manchas solares delta.

7- Beta-Gama-Delta:

Um grupo de manchas solares com uma configuração magnética beta-gama, mas contém uma (ou mais) manchas solares delta.

8- Gama-Delta

Um grupo de manchas solares com uma configuração magnética gama, mas contém uma (ou mais) manchas solares delta.

Mais da metade dos grupos de manchas solares observados recebem uma classificação Alfa ou Beta, onde manchas solares maiores são frequentemente mais complexas e recebem uma classificação Beta, Beta-Gama ou Beta-Gama-Delta.

sábado, 16 de abril de 2022

Fluxo de Raio X

Os gráficos de raios-X GOES são usados para rastrear a atividade solar e as erupções solares. Grandes explosões solares de raios X podem alterar a ionosfera da Terra, que bloqueia as transmissões de rádio de alta frequência (HF). As explosões solares também estão associadas a ejeções de massa coronal (CMEs), que podem levar a tempestades geomagnéticas

Alguns grandes flares (erupções solares) são acompanhados por fortes rajadas de rádio que podem interferir com outras frequências de rádio e causar problemas para comunicação por satélite e radionavegação (GPS). Raios X são emitidos continuamente pelo Sol. A detecão de um aumento significativo na intensidade destes raios X pode fornecer um aviso de alerta antecipado da ocorrencia de uma tempestade solar. 

Dois satelites GOES mantem um registro da emissãoo em raios X solar, GOES 10 e GOES 12. Entretanto, os dados raios X do GOES 12 são bons indicadores de que uma tempestade solar esta provavelmente se dirigindo para a Terra. Observando os dados no Gráfico fluxo de Raios X de 5 min do GOES (abaixo), a linha vermelha do GOES 12 é o gráfico que desejamos utilizar. Os cientistas vem desenvolvendo um sistema simples de classificar esta atividade solar em raios X. Eles criaram cinco níveis de atividade: A, B, C, M e X.

A - é o nível mais baixo,

B - 10 vezes mais intenso que A,

C - 10 vezes mais intenso que B,

M - 10 vezes mais intenso que C,

X - 10 vezes mais intenso que M.

Isto faz com que um evento X seja 10000 vezes mais forte do que um A. Além disso, cada nível pode ser classificado de 1.0 até 9.9. Isto significa que voce poderia ter um evento C2.3, ou um B7.9 ou um M6.5. Embora X seja o nível mais elevado de atividade, os números nãoo terminam em X9.9. Em 28 de Outubro de 2003 ocorreu uma explsão solar X17.2. Estas foram as maiores erupções já medidas. Lembre-se de que geralmente uma tempestade solar demora 3 dias para atingir a Terra.

segunda-feira, 11 de abril de 2022

Índice Kp

O índice Kp mostra a instabilidade na ionosfera e revela a ocorrência de  tempestades geomagnéticas. Valores maiores que 3 são indícios de anomalias  provocadas pela chegada de uma onda de partículas ionizadas  provenientes de uma tempestade solar ou então do aumento da velocidade do vento  solar. O índice consiste em um único dígito, de 0 a 9 para cada intervalo de 3 horas . 

O índice Kp, planetário, são usados ​​para medir a magnitude das tempestades geomagnéticas. Kp é um indicador de  distúrbios no campo magnético da Terra e é usado pelo SWPC (Space Weather  Prediction Center - NOAA) para decidir se alertas geomagnéticos precisam ser  emitidos para usuários afetados por esses distúrbios. Os principais usuários  afetados por tempestades geomagnéticas são a rede elétrica, operações de naves  espaciais, usuários de sinais de rádio que refletem ou passam pela ionosfera e  observadores da aurora.


sexta-feira, 8 de abril de 2022

Dobra Espacial

 Tem um assunto que costuma estimular a curiosidade das pessoas…! Viagens em velocidade de dobra ou warp segundo Alcubierre..Vamos lá….!

A Teoria da Relatividade diz que nada pode viajar mais rápido do que a velocidade da luz. Mas ela não impõe nenhum limite para a velocidade com que o tecido do espaço-tempo pode se contrair ou expandir. Vamos entender melhor essa ideia: imagine duas lâmpadas, uma ao lado da outra, piscando alternadamente. A velocidade máxima com que a luz de cada uma delas chegará aos seus olhos será sempre a velocidade da luz. Mas a velocidade com que elas alternam as piscadas não tem nenhum limite…As naves utilizadas hoje para pesquisas no espaço, mais especificamente em nosso sistema solar, são muito lentas. Um exemplo é a Voyager 1, está a 17 horas-luz de distância da Terra, viajando desde 1977. A Voyager 1 viaja a 0,006% da velocidade da luz, isso significa que levará 17.000 anos para percorrer 1 ano-luz e como sabemos, a estrela mais próxima de nós, Alfa Centauri, está a 4,3 anos-luz, isto é, levaria aproximadamente 73.000 anos para chegar a Alfa Centauri. Como podemos ver, fica totalmente fora de cogitação viajar por ai no espaço a velocidades lentas como as espaçonaves atuais, portanto temos que encontrar um outro modo de viajar mais rápido, mas como…? As viagens em velocidade acima da velocidade da luz são muito comuns na ficção científica, onde são conhecidas como viagens em velocidade de dobra ou warp (uma referência a dobras no tecido do espaço-tempo).

Na viagem em velocidade de dobra, a saida é colocar a espaçonave dentro de uma “bolha” e fazer com que o espaço-tempo à frente da bolha se contraia, expandindo-se logo atrás da bolha. A espaçonave vai “surfar” pelo espaço-tempo, sem nenhuma aceleração. 

Em termos da velocidade da luz, a espaçonave estará totalmente parada em relação ao seu referencial, que é o tecido espaço-tempo. A idéia de expandir o espaço tempo não é nova. Usando a perspectiva “inflacionária do Universo”, por exemplo, pensa-se que o espaço-tempo se expandiu mais rapidamente do que a velocidade da luz durante os primeiros momentos do Big Bang. Então, se o espaço-tempo pode se expandir mais rápido do que a velocidade da luz durante o Big Bang, por que não para a velocidade de dobra ou warp? Essas teorias são muito recentes e por enquanto fica somente no campo do hipotético…!!! Assista ao vídeo…