sexta-feira, 8 de abril de 2022

Dobra Espacial

 Tem um assunto que costuma estimular a curiosidade das pessoas…! Viagens em velocidade de dobra ou warp segundo Alcubierre..Vamos lá….!

A Teoria da Relatividade diz que nada pode viajar mais rápido do que a velocidade da luz. Mas ela não impõe nenhum limite para a velocidade com que o tecido do espaço-tempo pode se contrair ou expandir. Vamos entender melhor essa ideia: imagine duas lâmpadas, uma ao lado da outra, piscando alternadamente. A velocidade máxima com que a luz de cada uma delas chegará aos seus olhos será sempre a velocidade da luz. Mas a velocidade com que elas alternam as piscadas não tem nenhum limite…As naves utilizadas hoje para pesquisas no espaço, mais especificamente em nosso sistema solar, são muito lentas. Um exemplo é a Voyager 1, está a 17 horas-luz de distância da Terra, viajando desde 1977. A Voyager 1 viaja a 0,006% da velocidade da luz, isso significa que levará 17.000 anos para percorrer 1 ano-luz e como sabemos, a estrela mais próxima de nós, Alfa Centauri, está a 4,3 anos-luz, isto é, levaria aproximadamente 73.000 anos para chegar a Alfa Centauri. Como podemos ver, fica totalmente fora de cogitação viajar por ai no espaço a velocidades lentas como as espaçonaves atuais, portanto temos que encontrar um outro modo de viajar mais rápido, mas como…? As viagens em velocidade acima da velocidade da luz são muito comuns na ficção científica, onde são conhecidas como viagens em velocidade de dobra ou warp (uma referência a dobras no tecido do espaço-tempo).

Na viagem em velocidade de dobra, a saida é colocar a espaçonave dentro de uma “bolha” e fazer com que o espaço-tempo à frente da bolha se contraia, expandindo-se logo atrás da bolha. A espaçonave vai “surfar” pelo espaço-tempo, sem nenhuma aceleração. 

Em termos da velocidade da luz, a espaçonave estará totalmente parada em relação ao seu referencial, que é o tecido espaço-tempo. A idéia de expandir o espaço tempo não é nova. Usando a perspectiva “inflacionária do Universo”, por exemplo, pensa-se que o espaço-tempo se expandiu mais rapidamente do que a velocidade da luz durante os primeiros momentos do Big Bang. Então, se o espaço-tempo pode se expandir mais rápido do que a velocidade da luz durante o Big Bang, por que não para a velocidade de dobra ou warp? Essas teorias são muito recentes e por enquanto fica somente no campo do hipotético…!!! Assista ao vídeo…



terça-feira, 19 de maio de 2020

Se os foguetes fossem transparentes: o vídeo mostra como os foguetes usam seu propulsor.

Lembro-me sempre de ouvir a comparação de como os principais motores do ônibus espacial drenariam uma imagem familiar em menos de 25 segundos. Ou que o Saturno V usasse o equivalente a 763 elefantes de combustível. Mas quanto combustível um foguete queima durante sua ascensão à órbita? Como você pode esperar, a quantidade varia de acordo com os foguetes.

Um excelente e novo vídeo fornece um visual incrível de quanto combustível é queimado por quatro foguetes diferentes, do lançamento às várias separações, mostrando como seriam os lançamentos de foguetes se os foguetes fossem completamente transparentes.
A animação de Youtuber Hazegrayart compara os quatro foguetes, o Saturn V, o Space Shuttle, o Falcon Heavy e o Space Launch System (SLS). Lançamento no Kennedy Space Center Launch Complex 39. O vídeo inclui um excelente áudio de marcos importantes para cada foguete, sons familiares para qualquer entusiasta de foguetes.
O vídeo mostra os tanques de combustível sendo esvaziados enquanto o combustível é queimado para levar os foguetes para o espaço. Os vários combustíveis são codificados por cores.


Vermelho = Querosene RP-1
Laranja = hidrogênio líquido LH2
Azul = oxigênio líquido LOX
Mais detalhes aqui: https://www.universetoday.com/146106/if-rockets-were-transparent-video-shows-you-how-rockets-use-up-their-propellant/#more-146106
Créditos: https://www.universetoday.com/

segunda-feira, 18 de maio de 2020

Tempestades Geomagnéticas

Uma tempestade geomagnética é uma perturbação temporária da magnetosfera da Terra (figura abaixo).


Associada com ejeções de massa coronal, buracos coronais, e ventos solares, uma tempestade geomagnética é causada por uma onda de choque do vento solar que normalmente atinge o campo magnético da Terra de 36 a 72 horas após o evento, isto é, tempo estimado para cruzar os 150 milhões de quilômetros que separam o Sol do nosso planeta.
Vento solar: O vento solar é uma corrente de partículas carregadas (plasma) que são ejetados da camada superior da atmosfera de uma estrela, no nosso caso, o Sol.
Explosão solar:  A explosão solar é uma explosão violenta na atmosfera do Sol com uma energia equivalente a milhões de bombas de hidrogênio.

Tempestades geomagnéticas têm duas causas básicas. Vamos lembrar que o Sol está sempre emitindo um vento de partículas carregadas que flui para o espaço longe do Sol. Ocasionalmente, o Sol emite uma onda forte de vento solar (ejeção de massa coronal). Quando esta rajada de vento solar impacta sobre a parte exterior do campo magnético da Terra, a magnetosfera, o campo é perturbado e ela sofre uma oscilação. Isto faz com que aconteça um geração de correntes eléctricas no ambiente do espaço perto da Terra, que, por sua vez, gera campo magnético adicionais e com variações , a chamada tempestade geomagnética.

A segunda causa das tempestades magnéticas é a ligação direta ocasional do campo magnético do Sol com o do da Terra. Esta ligação  magnético direta não é o estado normal das coisas, mas quando ocorre, partículas carregadas, viajando ao longo de linhas de campo magnético, pode facilmente entrar na magnetosfera e gerar correntes fazendo com que ocorra variações no campo magnético. O Sol emite uma ejeção de massa coronal no momento em que as linhas de campo magnético da Terra e o Sol estão diretamente conectados. Então, podemos experimentar uma tempestade geomagnética verdadeiramente grande
.

A infra-estrutura e atividades de nossa sociedade moderna podem ser afetados pelas rápidas variações de campo magnético gerado por correntes elétricas no ambiente do espaço próximo à Terra, particularmente na ionosfera e magnetosfera. Os satélites, que por estarem em órbita não recebem a proteção das camadas mais altas da atmosfera, que bloqueiam as partículas solares, principalmente os raios-x, desse modo estão expostos a essa alta carga de radiação. Problemas com propagação em Ondas Curtas (HF). Radionavegação em ondas médias e longas  se tornam-se impossíveis. Auroras boreais são vistas em latitudes mais baixas (45º). Redes de distribuição podem entrar em colapso, provocando blecautes. Transformadores podem ser danificados ou destruidos como o da figura acima.

domingo, 17 de maio de 2020

Evento Carrington

A Super erupção Solar de 1859 aconteceu durante os dias 01 e 02 em setembro de 1859 e foi a maior tempestade geomagnéicas já registrada. Durante a manhã de 28 de agosto, Richard Carrington, astrônomo amador inglês, observando pela primeira vez manchas solares em atividade que mais tarde daria origem a uma enorme erupção. As observações foram feitas usando seu telescópio solar, que projetou uma imagem de 11 polegadas de diâmetro sobre uma superfície onde ele iria esboçar o grande grupo de manchas solares.

Durante suas observações ele testemunhou dois pontos brilhantes de luz formando um grupo de manchas solares, que rapidamente cresceu em tamanho, duas vezes mais brilhante que o próprio sol. Em 5 minutos o mega flare ou "super erupção solar" atingiu um pico em tamanho e intensidade, reduzindo novamente a pontinhos de luz, e desapareceu.
Na manhã seguinte, grande parte do mundo estava testemunhando uma exposição massiva e tremendamente brilhante de auroras, mesmo em latitudes baixas como nos trópicos. Durante o mesmo tempo, os sistemas de telégrafo em toda a Europa e América do Norte falhou lançando faíscas em postes telegráficos e com a presença fogo generalizado.
O sistema de telégrafo era a alta tecnologia na época, e foi derrubado por uma força invisível do sol, as tempestades geomagnéticas.

A mais notável ocorrência recente geomagnética aconteceu em março de 1989, quando uma tempestade solar mergulhou milhões de pessoas na escuridão em Quebec, no Canadá quando seu sistema de rede elétrica falhou totalmente. Só para ter uma idéia, a supertempestade solar de 1859 foi centenas de vezes mais poderosa do que a tempestade 1989 em Quebec. (Tranformadores de energia, figura abaixo)


O que aconteceu em 1859 foi uma combinação de vários eventos que ocorreram no Sol, ao mesmo tempo. Se esses eventos ocorressem separadamente seriam pouco notados. Mas juntos eles causaram o "rompimento" da ionosfera da Terra, o maior já registrado na história.

De vez em quando um evento ocorre na superfície do Sol, que libera uma quantidade enorme de energia na forma de uma explosão solar ou uma ejeção de massa coronal, e que os cientistas não podem prever com muita exatidão.
Uma tempestade solar causou avarias (1994) em dois grandes satélites de comunicação, interrompendo redes de televisão e serviço de rádio em todo o Canadá. Outras tempestades têm afetado os sistemas que variam de serviço de telefonia celular e sinais de TV a sistemas de GPS e redes de energia elétrica.
Tempestade geomagnética, também conhecida como tempestade magnética, é um distúrbio no campo magnético da Terra causado por ejeções de massa coronal (CMEs) ou explosões solares.

Tempestades geomagnéticas provocadas por erupções solares e ejeções de massa coronais têm o potencial de perturbar:

  • Sistemas de navegação GPS;
  • Redes de energia elétrica;
  • Comunicações aéreas;
  • Satélites de comunicação e ambientais;
  • Tráfego aéreo;
  • Sistemas informatizados em geral.


sexta-feira, 15 de maio de 2020

Radiação Solar

O Sol é a fonte de energia que controla a circulação da atmosfera. O Sol emite energia em forma de radiação eletromagnética, da qual uma parte é interceptada pelo sistema Terra-atmosfera e convertida em outras formas de energia como, por exemplo, calor e energia cinética da circulação atmosférica. Vamos notar que a energia pode ser convertida, mas não criada ou destruída. É a lei da conservação da energia.

A energia solar não é distribuída igualmente sobre a Terra. Esta distribuição desigual é responsável pelas correntes oceânicas e pelos ventos que, transportando calor dos trópicos para os pólos, procurado atingir um balanço de energia.
É importante lembrar que a Terra se movimenta. A Terra tem dois movimentos principais: rotação e translação. A rotação em torno de seu eixo é responsável pelo ciclo dia-noite. A translação se refere ao movimento da Terra em sua órbita elíptica em torno do Sol. A posição mais próxima ao Sol, o periélio, é atingido aproximadamente em 3 de janeiro e o ponto mais distante, o afélio, em aproximadamente 4 de julho. As variações na radiação solar recebida devidas à variação da distância são pequenas.


As estações são causadas pela inclinação do eixo de rotação da Terra em relação à perpendicular ao plano definido pela órbita da Terra, portando, esse é mais um dos fatores para ser adicionado a esse “balanço”

“Balanço é a diferença entre a entrada e a saída de elementos de um sistema.
As componentes principais do sistema terrestre importantes para o balanço de radiação, são: superfície, atmosfera e nuvens.
Quando a  radiação solar entra no sistema climático da Terra, uma parte é absorvida pela superfície do planeta e outra parte é refletida de volta para o espaço. A radiação solar é um dos principais fatores que asseguram a vida na Terra.
Quando a  radiação solar entra no sistema climático da Terra, uma parte é absorvida pela superfície do planeta e outra parte é refletida de volta para o espaço. A radiação solar é um dos principais fatores que asseguram a vida na Terra.
A maioria da energia do Sol é emitida de sua superfície, onde a temperatura é aproximadamente 5.727 ºC. Já a temperatura  média da superfície da Terra é de 15 ºC, ou seja o Sol irradia muito mais energia que a Terra.

Em um solo coberto de vegetação as folhas absorvem uma grande quantidade de radiação, impedindo a incidência direta na superfície. Entre a vegetação parte da energia  é consumida na evaporação o que afeta significativamente o balanço de energia.
Embora a radiação solar incida em linha reta, os gases e aerossóis(conjunto de partículas suspensas num gás) podem causar o seu espalhamento. Esta insolação difusa é constituída de radiação solar que é espalhada ou refletida de volta para a Terra causando claridade do céu durante o dia e a iluminação de áreas que não recebem iluminação direta do Sol.
As características do espalhamento dependem, em grande parte, do tamanho das moléculas de gás ou aerossóis.


REFLEXÃO
A reflexão ocorre no limite entre dois meios diferentes, quando parte da radiação que atinge este limite é enviada de volta.
A porção da radiação que é refletida por uma superfície é chamada de albedo(medida da refletividade da superfície de um corpo). O albedo varia no espaço e no tempo, dependendo da natureza da superfície e da altura do Sol.
Quando uma molécula absorve energia na forma de radiação esta energia é transformada em movimento molecular interno causando o aumento da sua temperatura. Por isso, os gases que absorvem melhor a radiação têm papel importante no aquecimento da atmosfera.
O vapor d’água tem um alto índice de absorção da radiação solar. Juntamente com o oxigênio e o ozônio, o vapor d’água representa a maior parte dos 19% da radiação solar que são absorvidos na atmosfera.
Ele é responsável pela maior parte da absorção da radiação solar na faixa do infravermelho. Este fenômeno ocorre na troposfera onde existe a maior concentração do vapor d’água.

Por que o céu e azul?
O Sol emite luz branca que é composta de todas as cores visíveis em um arco-íris. Esta luz ao atravessar a atmosfera terrestre colide com moléculas que dispersam em todas as direções as ondas luminosas nas frequências altas, tais como o azul e o violeta.

Podemos dizer que o céu é azul porque a dispersão ocorre com muito mais intensidade para as ondas luminosas de frequências altas, como o azul e o violeta. Desta forma, quase toda a luz de cor azul é espalhada ao redor do céu em todas as direções.
A predominância da cor azul em relação a violeta se explica porque a energia da radiação solar contida no azul é muito maior que a contida no violeta. Além disso, o olho humano é mais sensível à luz azul que à luz violeta.

Nas regiões onde o Sol nasce ou se põe a radiação solar percorre um caminho mais longo através das moléculas de ar, portanto mais luz azul é espalhada. Quando chega ao observador, resta apenas a radiação do extremo vermelho do espectro visível.
Este fenômeno se acentua em dias nos quais pequenas partículas de poeira ou fumaça estão presentes.
As nuvens são brancas pois a radiação incidente é espalhada igualmente em todos os comprimentos por partículas de um determinado tamanho. E a mistura de todos os comprimentos de onda do espectro visível resulta na cor branca.

Partículas que compõem as nuvens (pequenos cristais de gelo ou gotículas de água) e a maior parte dos aerossóis atmosféricos espalham a luz do Sol desta maneira.
Por isso, as nuvens parecem brancas. E quando a atmosfera contém grande concentração de aerossóis o céu inteiro aparece esbranquiçado.
A radiação global pode ser medida com instrumentos que medem a energia que atinge o solo. Na falta destes instrumentos, a radiação global pode ser estimada a partir das horas de insolação.”
Esse Texto é um pequeno resumo do conteúdo do produzido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais(INPE)
Fonte: http://www.cptec.inpe.br/