domingo, 17 de maio de 2020

Evento Carrington

A Super erupção Solar de 1859 aconteceu durante os dias 01 e 02 em setembro de 1859 e foi a maior tempestade geomagnéicas já registrada. Durante a manhã de 28 de agosto, Richard Carrington, astrônomo amador inglês, observando pela primeira vez manchas solares em atividade que mais tarde daria origem a uma enorme erupção. As observações foram feitas usando seu telescópio solar, que projetou uma imagem de 11 polegadas de diâmetro sobre uma superfície onde ele iria esboçar o grande grupo de manchas solares.

Durante suas observações ele testemunhou dois pontos brilhantes de luz formando um grupo de manchas solares, que rapidamente cresceu em tamanho, duas vezes mais brilhante que o próprio sol. Em 5 minutos o mega flare ou "super erupção solar" atingiu um pico em tamanho e intensidade, reduzindo novamente a pontinhos de luz, e desapareceu.
Na manhã seguinte, grande parte do mundo estava testemunhando uma exposição massiva e tremendamente brilhante de auroras, mesmo em latitudes baixas como nos trópicos. Durante o mesmo tempo, os sistemas de telégrafo em toda a Europa e América do Norte falhou lançando faíscas em postes telegráficos e com a presença fogo generalizado.
O sistema de telégrafo era a alta tecnologia na época, e foi derrubado por uma força invisível do sol, as tempestades geomagnéticas.

A mais notável ocorrência recente geomagnética aconteceu em março de 1989, quando uma tempestade solar mergulhou milhões de pessoas na escuridão em Quebec, no Canadá quando seu sistema de rede elétrica falhou totalmente. Só para ter uma idéia, a supertempestade solar de 1859 foi centenas de vezes mais poderosa do que a tempestade 1989 em Quebec. (Tranformadores de energia, figura abaixo)


O que aconteceu em 1859 foi uma combinação de vários eventos que ocorreram no Sol, ao mesmo tempo. Se esses eventos ocorressem separadamente seriam pouco notados. Mas juntos eles causaram o "rompimento" da ionosfera da Terra, o maior já registrado na história.

De vez em quando um evento ocorre na superfície do Sol, que libera uma quantidade enorme de energia na forma de uma explosão solar ou uma ejeção de massa coronal, e que os cientistas não podem prever com muita exatidão.
Uma tempestade solar causou avarias (1994) em dois grandes satélites de comunicação, interrompendo redes de televisão e serviço de rádio em todo o Canadá. Outras tempestades têm afetado os sistemas que variam de serviço de telefonia celular e sinais de TV a sistemas de GPS e redes de energia elétrica.
Tempestade geomagnética, também conhecida como tempestade magnética, é um distúrbio no campo magnético da Terra causado por ejeções de massa coronal (CMEs) ou explosões solares.

Tempestades geomagnéticas provocadas por erupções solares e ejeções de massa coronais têm o potencial de perturbar:

  • Sistemas de navegação GPS;
  • Redes de energia elétrica;
  • Comunicações aéreas;
  • Satélites de comunicação e ambientais;
  • Tráfego aéreo;
  • Sistemas informatizados em geral.


sexta-feira, 15 de maio de 2020

Radiação Solar

O Sol é a fonte de energia que controla a circulação da atmosfera. O Sol emite energia em forma de radiação eletromagnética, da qual uma parte é interceptada pelo sistema Terra-atmosfera e convertida em outras formas de energia como, por exemplo, calor e energia cinética da circulação atmosférica. Vamos notar que a energia pode ser convertida, mas não criada ou destruída. É a lei da conservação da energia.

A energia solar não é distribuída igualmente sobre a Terra. Esta distribuição desigual é responsável pelas correntes oceânicas e pelos ventos que, transportando calor dos trópicos para os pólos, procurado atingir um balanço de energia.
É importante lembrar que a Terra se movimenta. A Terra tem dois movimentos principais: rotação e translação. A rotação em torno de seu eixo é responsável pelo ciclo dia-noite. A translação se refere ao movimento da Terra em sua órbita elíptica em torno do Sol. A posição mais próxima ao Sol, o periélio, é atingido aproximadamente em 3 de janeiro e o ponto mais distante, o afélio, em aproximadamente 4 de julho. As variações na radiação solar recebida devidas à variação da distância são pequenas.


As estações são causadas pela inclinação do eixo de rotação da Terra em relação à perpendicular ao plano definido pela órbita da Terra, portando, esse é mais um dos fatores para ser adicionado a esse “balanço”

“Balanço é a diferença entre a entrada e a saída de elementos de um sistema.
As componentes principais do sistema terrestre importantes para o balanço de radiação, são: superfície, atmosfera e nuvens.
Quando a  radiação solar entra no sistema climático da Terra, uma parte é absorvida pela superfície do planeta e outra parte é refletida de volta para o espaço. A radiação solar é um dos principais fatores que asseguram a vida na Terra.
Quando a  radiação solar entra no sistema climático da Terra, uma parte é absorvida pela superfície do planeta e outra parte é refletida de volta para o espaço. A radiação solar é um dos principais fatores que asseguram a vida na Terra.
A maioria da energia do Sol é emitida de sua superfície, onde a temperatura é aproximadamente 5.727 ºC. Já a temperatura  média da superfície da Terra é de 15 ºC, ou seja o Sol irradia muito mais energia que a Terra.

Em um solo coberto de vegetação as folhas absorvem uma grande quantidade de radiação, impedindo a incidência direta na superfície. Entre a vegetação parte da energia  é consumida na evaporação o que afeta significativamente o balanço de energia.
Embora a radiação solar incida em linha reta, os gases e aerossóis(conjunto de partículas suspensas num gás) podem causar o seu espalhamento. Esta insolação difusa é constituída de radiação solar que é espalhada ou refletida de volta para a Terra causando claridade do céu durante o dia e a iluminação de áreas que não recebem iluminação direta do Sol.
As características do espalhamento dependem, em grande parte, do tamanho das moléculas de gás ou aerossóis.


REFLEXÃO
A reflexão ocorre no limite entre dois meios diferentes, quando parte da radiação que atinge este limite é enviada de volta.
A porção da radiação que é refletida por uma superfície é chamada de albedo(medida da refletividade da superfície de um corpo). O albedo varia no espaço e no tempo, dependendo da natureza da superfície e da altura do Sol.
Quando uma molécula absorve energia na forma de radiação esta energia é transformada em movimento molecular interno causando o aumento da sua temperatura. Por isso, os gases que absorvem melhor a radiação têm papel importante no aquecimento da atmosfera.
O vapor d’água tem um alto índice de absorção da radiação solar. Juntamente com o oxigênio e o ozônio, o vapor d’água representa a maior parte dos 19% da radiação solar que são absorvidos na atmosfera.
Ele é responsável pela maior parte da absorção da radiação solar na faixa do infravermelho. Este fenômeno ocorre na troposfera onde existe a maior concentração do vapor d’água.

Por que o céu e azul?
O Sol emite luz branca que é composta de todas as cores visíveis em um arco-íris. Esta luz ao atravessar a atmosfera terrestre colide com moléculas que dispersam em todas as direções as ondas luminosas nas frequências altas, tais como o azul e o violeta.

Podemos dizer que o céu é azul porque a dispersão ocorre com muito mais intensidade para as ondas luminosas de frequências altas, como o azul e o violeta. Desta forma, quase toda a luz de cor azul é espalhada ao redor do céu em todas as direções.
A predominância da cor azul em relação a violeta se explica porque a energia da radiação solar contida no azul é muito maior que a contida no violeta. Além disso, o olho humano é mais sensível à luz azul que à luz violeta.

Nas regiões onde o Sol nasce ou se põe a radiação solar percorre um caminho mais longo através das moléculas de ar, portanto mais luz azul é espalhada. Quando chega ao observador, resta apenas a radiação do extremo vermelho do espectro visível.
Este fenômeno se acentua em dias nos quais pequenas partículas de poeira ou fumaça estão presentes.
As nuvens são brancas pois a radiação incidente é espalhada igualmente em todos os comprimentos por partículas de um determinado tamanho. E a mistura de todos os comprimentos de onda do espectro visível resulta na cor branca.

Partículas que compõem as nuvens (pequenos cristais de gelo ou gotículas de água) e a maior parte dos aerossóis atmosféricos espalham a luz do Sol desta maneira.
Por isso, as nuvens parecem brancas. E quando a atmosfera contém grande concentração de aerossóis o céu inteiro aparece esbranquiçado.
A radiação global pode ser medida com instrumentos que medem a energia que atinge o solo. Na falta destes instrumentos, a radiação global pode ser estimada a partir das horas de insolação.”
Esse Texto é um pequeno resumo do conteúdo do produzido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais(INPE)
Fonte: http://www.cptec.inpe.br/

quinta-feira, 14 de maio de 2020

Circulação Termohalina

Os ventos conduzem correntes oceânicas nos 100m acima da superfície do oceano. No entanto, as correntes oceânicas também fluem quilômetros abaixo da superfície do mar. Estas correntes de oceanos profundos são conduzidos por diferenças de densidade da água, que é controlada pela temperatura (termo) e salinidade (halina). Este processo é conhecido como circulação termohalina conhecida também como correia transportadora global.


A revista Nature publicou um artigo sobre a correia transportadora global e como voces sabem, a correia transportadora global é um sistema em constante movimento de circulação profunda do oceano impulsionado pela temperatura e salinidade, ou seja, é a diferenças na densidade das águas criadas pelas diferenças de temperatura e salinidade e como sabemos a densidade da água do mar depende da sua temperatura e salinidade. Já existe um conjunto de instrumentos entre a Flórida e as ilhas Canárias que vem monitorizando continuamente parte da correia transportadora mundial do Atlântico Norte desde 2004 (se eu não me engano os dados são transmitidos quase em tempo real). Agora existe um outro projeto internacional liderado pelos Estados Unidos que vai começar um outro conjunto de medições contínuas utilizando um conjunto de sensores entre África do Sul e Argentina.

Eu penso que muita coisa deve ser esclarecida com essa pesquisa, principalmente os debates sobre aquecimento global ou um possível resfriamento global. Alguns cientistas falam das possíveis consequências de um “colapso” na corrente do golfo devido ao descongelamento das geleiras que como sabemos, o gelo dessas regiões é de agua doce, isso significaria mais agua doce nos oceanos principalmente no atlântico norte e consequentemente uma mudança da densidade da água o que hipoteticamente causaria um “desligamento” da corrente do golfo e uma grande confusão no clima da Terra. Modelos climáticos seguem um padrão matemático continuo, mas sera que são confiaveis ?

Existem uma enorme quantidade de fatores que influenciam na formação do clima e são totalmente dinâmicos inclusive o fator antropogênico o clima espacial (ciclos solares) e até raios cosmicos galácticos. O fato é que tem alguma coisa acontecendo com clima da Terra, talvez até seja natural, como ja aconteceu varias vezes na história do planeta, mas não com essa velocidade. Por exemplo, a região do Saara sofreu uma transformação muito rapida. Em um curto período, geologicamente falando, isto é, há 10.000 anos, chuvas de monção varriam o Saara, transformando a região em uma área habitável, mas há 5.000 anos as chuvas recuaram, iniciando a desertificação do Saara e sem a influência humana.

segunda-feira, 11 de maio de 2020

O buraco negro mais próximo encontrado, a apenas 1.000 anos-luz da Terra

Os buracos negros são invisíveis a olho nu, não possuem características localmente detectáveis ​​e nem a luz pode escapar deles. E, no entanto, sua influência no ambiente ao redor os torna o laboratório perfeito para testar a física sob condições extremas. Em particular, eles oferecem aos astrônomos a chance de testar a Teoria da Relatividade Geral de Einstein , que postula que a curvatura do espaço-tempo é alterada pela presença de uma gravidade
.

Graças a uma equipe de astrônomos liderada pelo Observatório Europeu do Sul (ESO), o buraco negro mais próximo acaba de ser encontrado! Usando o Observatório La Silla do ESO no Chile, a equipe encontrou esse buraco negro em um sistema triplo localizado a apenas 1000 anos-luz da Terra na constelação do Telescopium . Conhecido como HR 6819, esse sistema pode ser visto a olho nu e pode ser um dos muitos buracos negros "silenciosos" que existem por aí.
O estudo que descreve suas descobertas, publicado recentemente na revista Astronomy & Astrophysics , foi liderado pelo cientista do ESO Thomas Rivinius. Outros membros da equipe incluíram cientistas do ESO da Espanha e Alemanha, o Instituto Astronômico da Academia de Ciências da República Tcheca e o CHARA Array da Georgia State University.

A descoberta foi parte de um estudo de pares binários, onde a equipe contou com o telescópio MPG / ESP de 2,2 metros no Observatório La Silla para observar sistemas estelares próximos. Ao rastrear as estrelas companheiras neste sistema, eles encontraram evidências de um terceiro objeto invisível, aproximadamente 4,2 vezes mais massivo que o Sol - colocando-o na faixa de buracos negros "estelares". Cortesia: https://www.universetoday.com / ESO / Revista Astronomy - Astrophysics

domingo, 10 de maio de 2020

O Oumuamua veio para uma breve visita

Uma idéia legal para conversar com um visitante interestelar...
Costumávamos pensar que éramos o centro de tudo. Isso não foi há muito tempo e, apesar de termos feito tremendos avanços na compreensão de nossa situação aqui no espaço, ainda temos grandes pontos cegos.

Por um lado, só agora estamos acordando para a realidade de objetos interestelares que passam pelo nosso Sistema Solar.
Em 2017, Oumuamua veio para uma breve visita e foi confirmado como um objeto interestelar. Ele nunca voltará e passará uma eternidade viajando pelo Universo.
Alguns meses atrás, detectamos nosso primeiro cometa interestelar. Um astrônomo amador e engenheiro de telescópio em uma festa de estrelas descobriu e recebeu o nome dele. Seu nome era Gennadiy Borisov, e agora se chama Cometa 2L / Borisov. Muito legal.


Mas esses objetos são difíceis de estudar. Eles aparecem e partem rapidamente. O cometa Borisov, em particular, estava viajando muito rapidamente, a 32,2 km / s (20 mp / s) em relação ao Sol, quando chegava ao nosso Sistema Solar.
Isso é algo em que Richard Linares, professor assistente do Departamento de Aeronáutica e Astronáutica (AeroAstro) do MIT, está pensando. Ele tem uma ideia.

Ele está desenvolvendo uma idéia para um "estilingue orbital dinâmico para encontros com objetos interestelares". Agora a NASA está se envolvendo. O Programa de Conceitos Avançados Inovadores
da NASA (NIAC) fornece financiamento para "conceitos aeroespaciais inovadores que podem possibilitar e transformar futuras missões". Agora, o NIAC selecionou a proposta de pesquisa de Linares para o financiamento da Fase Um.
O NIAC é uma entidade bem conhecida nos círculos da ciência espacial. Eles financiaram estudos sobre coisas como sondas espaciais movidas a propulsão nuclear leve, sistemas de retorno de amostras para ambientes extremos, um Orbiter de Plutão e um Lander alimentado por Direct Fusion Drive, e dezenas de outros.

Em um comunicado de imprensa do MIT, Linares disse: “Existem muitos desafios fundamentais na observação de ISOs <Objetos Interestelares> da Terra, eles geralmente são tão pequenos que a luz do sol precisa iluminá-la de uma certa maneira para que nossos telescópios possam detectá-lo." Fonte: https://www.universetoday.com/