quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Halo Solar e Lunar

O que são aqueles anéis ou halos em torno da Lua e as vezes em torno do Sol…?

Imagem capturada em 2 de junho (La Plata, Argentina) por Sergio Montúfargenda
Em certa época do ano é comum a presença de halos ou anéis em torna da Lua ou do Sol, esse halos acontecem quando nuvens altas (cirrus finos) estão à deriva na alta atmosfera. Minúsculos cristais de gelo na atmosfera criam esses halos por refração e reflexão da luz. Dizem as lendas populares que halos lunares muitas vezes são sinais de tempestades nas proximidades. Quando a luz passa através destes cristais de gelo em forma de hexágono, é desviada por duas vezes, resultando em ângulos de desvio variando de 22 °a 50 °.


O ângulo de desvio mínimo é cerca de 22 °, mais especificamente, 21,84° em média, 21,54° para a luz vermelha e 22,37° para a luz azul. Lembra das experiências de ótica com prisma nas aulas de ciências…?..É quase o mesmo princípio. A imagem acima pode ilustrar melhor esse fenômeno.

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Os Microorganismos

Se você tem uma boa lupa com um aumento de 10X ou mais (o ideal seria um microscópio) e um pouco de paciência, é possível ter uma ideia de como é o universo dos microorganismos. É um ecossistema fascinante, um mundo invisível para nós e totalmente dinâmico. É evidente que observações feitas com um microscópio simples seria mais adequado. O que são e como vivem esses pequenos organismos que fazem todo o trabalho em nível bioquímico do planeta e que participam dos ciclos biogeoquímicos da Terra…? Eles são responsáveis pela fermentação. Também existem os que podem provocar certas doenças…Vamos estudar, observar  e até cultivar alguns tipos de microorganismos. A Microbiologia……!

Pra facilitar esse estudo, que é muito amplo, achei melhor optar por publicações em etapas…OK
Lembrando que na internet você tem a sua disposição milhões de sites e blog, alguns muito bons, tratando desse tema. Eu não tenho a pretensão de publicar aqui um “tratado” de microbiologia com detalhes técnicos e coisas do gênero que as vezes pode se tornar cansativo e tedioso. Eu apenas vou tentar mostrar o que são esses organismos, onde encontra-los, como vivem, como se reproduzem, o que eles “comem” etc. Ex: Se você tem vontade de criar peixes em um aquário, obviamente vai precisar de água, mas você precisa saber em que tipo de água esse peixe vive. Peixes tropicais vivem em águas mais quente do que peixes que são encontrados em climas temperados. Tem peixes que vivem em água com Ph ácido e outros em Ph alcalino ou básico.

Uns vivem em lugares com pouco oxigênio dissolvido, outros vivem em água cuja concentração de oxigênio é mais elevada. Alguns peixes são carnívoros, outros só comem vegetais. Alguns peixes vivem em habitats com pouca iluminação, outros em lugares bem iluminados, sem falar nos peixes que vivem em cavernas na completa ausência de luz, etc. Portanto se você quiser que seu peixe viva bem e se reproduzindo normalmente será necessário estudar o meio natural onde esse peixe vive…..Fatos semelhantes também acontece com os microorganismos, só que em pequena escala….aparentemente..OK
Para iniciar vamos classificar os microorganismos em três reinos:

Reino Protista – São os organismos unicelulares eucariontes, isto é, que possuem núcleo organizado (delimitado por membrana ou carioteca). Ex: protozoários, algas unicelulares.


Reino Monera – São os organismos unicelulares e procariontes, isto é, que não possuem núcleo individualizado. Ex: bactérias, cianofíceas (cianobactérias).


Reino Fungi – São os organismos eucariontes, uni ou pluricelulares e heterótrofos, ou seja, alimentam-se de substâncias orgânicas pré-elaboradas. Ex: todos os fungos (bolor, fermento e cogumelo).


Vamos estudar cada um desses Reinos, na teoria e na prática, isto é, no laboratório, e seria muito bom dispor de alguma vidraria, reagentes e acessórios  usados em estudos de microrganismos. Não é difícil conseguir esse material, pode acreditar que até na cozinha de sua casa sempre tem alguma coisa que pode ser usada. Em lojas de material para limpeza, em supermercados, farmácias e até em lojas de aquários. Essa postagem é uma introdução, em breve estarei publicando a primeira parte sobre o mundo dos microrganismos

domingo, 20 de janeiro de 2019

Efeito Coriolis e o Transporte de Ekman

O recuo do mar em muitas praias do litoral das regiões Sul e Sudeste chamou atenção de muita gente no  ano passado. Em alguns lugares como em Santa Catarina o mar chegou a recuar até 50 metros. Não tem nada de sensacionalista nesse evento...Ok Vamos lá.. A movimentação superficial da água somada a um anticiclone e a lua cheia contribuíram para o fenômeno. Não foi um tsunami, como muitos chegaram a comentar e muito menos com relação a movimentação de placas tectônicas, por tanto não tem nada a ver com tsunami.

Isso aconteceu por conta de uma soma de fatores.Trata-se do transporte de Ekman, que ocorre todo dia aqui no Hemisfério Sul e faz a água superficial se mover à esquerda do vento predominante. O vento é nordeste em direção ao mar. O fenômeno contou ainda com um forte anticiclone próximo à Argentina. Esse sistema meteorológico tem seus ventos soprando na direção anti-horária. Como a intensidade desse anticiclone foi fora do padrão, ajudou a acentuar o transporte de Ekman, fazendo com que recuo do mar fosse visto em muitas praias das regiões Sul e Sudeste. Gradientes de pressão também são fatores importantes. Pessoal é um fenômeno que acontece, basta unir todos esses fatores. Dá uma olhada no vídeo dessas duas meninas bonitas e inteiradas no assunto, e entenda o que é o Efeito Coriolis e o Transporte ou Espiral de Ekman...OK


sábado, 19 de janeiro de 2019

Extraindo o DNA da Cebola

Para fazer esta atividade você vai precisar de:
Meia cebola
sal
detergente incolor
álcool etílico (gelado)
água quente
papel filtro de café
um palito de dente ou espeto de madeira
uma placa de faca e corte
um filtro ou peneira
um liquidificador ou processador de alimentos
um copo de vidro transparente.
Gelo

Procedimento
1) Picar a cebola e colocá-lo no processador de alimentos.
2) Dissolva uma colher de chá de sal em meio copo de água morna, adicionar a cebola.
3) Coe a mistura através da peneira em um copo, pressionando o líquido para fora utilizando a parte de trás de uma colher.
4) Adicione uma colher de chá de detergente líquido e mexa. Deixe por cinco minutos, mexendo ocasionalmente.
5) Despeje a mistura através do filtro de café em um vidro transparente. Deixe o líquido escorrer, você pode apertar o filtro suavemente para acelerar este processo. Deixe todo o sistema em um recipiente com gelo por 5 minutos.
6) Vai se formar uma camada de um centímetro em cima da solução de cebola.
7) Agite suavemente o palito ou espetinho através da mistura e você vai ver pequenos fios brancos se. Estes são os filamentos de DNA cebola....

O que aconteceu ?
Como todas as coisas vivas, a cebola armazena seu DNA dentro de suas células. As células contêm também outras substâncias químicas, tais como proteínas, carboidratos e lipídeos, rodeado por uma membrana celular. Nesta atividade, separou-se o DNA a partir das células e os outros produtos químicos em si.


Para começar, tivemos que quebrar as células. O liquidificador quebrou a cebola em células individuais. O detergente ajudou a dissolver alguns dos produtos químicos nas membranas celulares, deixando o DNA e outros produtos químicos expostos.

O DNA se dissolve se em água, mas não se dissolve no álcool. Adicionando álcool etílico (que é o álcool quase puro 70% que você encontra em farmácias ) fez com que o ADN da cebola tornar-se sólida, formando os fios brancos.

Moléculas de DNA têm uma carga ligeiramente negativa. O sal que nós adicionados no início da experiência contém iões carregados positivamente, que neutralizaram a carga no DNA e deixando assim se aglutinarem. Se você tiver sorte, você será capaz de pegar os longos filamentos de DNA.

Todo esse procedimento no vídeo abaixo:


terça-feira, 13 de novembro de 2018

Efeito Fotoelétrico

Ao incidir luz em uma superfície de metal a luz provoca a retirada de elétrons desse metal. A esse fenômeno damos o nome de efeito fotoelétrico. Esse efeito é utilizado em vários equipamentos encontrados no nosso cotidiano. Quando a luz é emitida na direção de uma superfície metálica, cada fóton de luz que incide na superfície é absorvido por apenas um elétron do metal. Quando o elétron recebe essa energia ele pode escapar. Os elétrons que são ejetados produzem uma corrente (figura abaixo).


Antes da descoberta do efeito fotoelétrico por Albert Einstein, os cientistas se baseavam-se na natureza ondulatória da luz. Percebeu-se que, o valor da energia cinética não depende da luz que incide no metal. O metal tanto pode ser iluminado por uma vela ou por uma lampada de 100W,  sempre a energia cinética máxima dos elétrons ejetados tem o mesmo valor, desde que a frequência da luz emitida seja a mesma.
Basicamente o  efeito fotoelétrico consiste, na emissão de elétrons induzida pela ação da luz. Para se observar este efeito de forma simples, pode-se utilizar uma lâmina de zinco ligada a um eletroscópio de folhas, Inicialmente mede-se a velocidade de descarga do eletroscópio, com a lâmina carregada positiva e negativamente. A lâmina é então iluminada com a luz de uma lâmpada de arco voltaico, que tem boa quantidade de radiação ultravioleta. Dois efeitos podem ser observados:
a) se a lâmina (metal)de zinco está carregada positivamente a velocidade de descarga do eletroscópio não se modifica;
b) no entanto, se a lâmina (metal) estiver carregada negativamente, o eletroscópio se descarrega (as folhas se aproximam) com grande velocidade (figura abaixo).


Os dois resultados são consistentes com a interpretação de que a luz provoca a emissão de elétrons quanto interage com o metal. Se a lâmina está carregada negativamente, os elétrons são removidos e o eletroscópio se descarrega. Se está carregada positivamente, os elétrons eventualmente emitidos sob a ação da luz são atraídos e voltam à lâmina e, consequentemente, o tempo de descarga do eletroscópio não varia. Quando se utiliza luz de outros comprimentos de onda, amarelo, por exemplo, não se observa nenhuma modificação na descarga do eletroscópio, independente da intensidade do feixe de luz. Isto é observado também quando se coloca um filtro de vidro transparente na trajetória do feixe luminoso. Sabemos que o vidro é um ótimo filtro ultravioleta. Pode-se concluir, que: a parte do espectro luminoso de alta frequência provoca o fenômeno do efeito fotoelétrico.

Mas o que não dava para compreender, por que as ondas de luz de pequena frequência não provocam a emissão de elétrons mesmo nos casos em que a amplitude da onda (a intensidade do campo elétrico) é grande.
Na visão ondulatória clássica, o aumento da taxa de energia luminosa incidente sobre a placa de metal deveria aumentar a energia absorvida pelos elétrons e consequentemente aumentar a energia cinética máxima dos elétrons emitidos. O experimento demonstrava que não era isso que acontecia.

Em 1905, Albert Einstein demonstrou que o resultado experimental poderia ser explicado se a energia luminosa não fosse distribuída continuamente no espaço, mas fosse quantizada, como pequenos pulsos, cada qual denominado de fóton.
Dai a dualidade da luz, ela pode se comportar como onda ou como partícula….mas isso é tema para a Física Quântica.
No funcionamento das câmeras de TV, nos sistemas de desligamento automático de iluminação, nas portas que abrem e fecham automaticamente nos shoppings, nos relógios que funcionam com energia solar, etc.
A razão dessa publicação é simples: Muitos equipamentos e aparelhos eletrônicos usam o efeito fotoelétrico como  no funcionamento das câmeras de TV, nos sistemas de desligamento automático de iluminação, nas portas que abrem e fecham automaticamente nos shoppings, nos relógios que funcionam com energia solar, etc.
Fonte: http://www.fis.ufba.br